domingo, 28 de março de 2010

12 - A grande e injusta discriminação



Em 23 de Fevereiro de 2008, o eleito da CDU da Asssembleia Municipal de Paredes Cristiano Ribeiro apresentou a seguinte intervenção:

“Considerando as intenções do Governo, reiteradas por afirmações de alguns dos seus membros e notícias vindas a público, de implementar a curto prazo portagens em algumas SCUT´s (as inicialmente chamadas auto-estradas sem custos para os utilizadores), todas situadas no Norte do paìs, entre elas a A42

Considerando que tal objectivo nunca foi admitido pelo Partido Socialista antes de constituir o actual Governo, tendo inclusivamente afirmado que tal nunca aconteceria

Considerando que os critérios anunciados para tal decisão, nomeadamente índice de poder de compra concelhio e existência de vias alternativas, revelam o erro e a injustiça de tal decisão

Considerando que segundo dados do INE referentes a 2005 os concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel têm índices de poder de compra inferiores a 65% da média nacional
Considerando que a região do Vale do Sousa atravessa uma crise social, caracterizada pelo aumento da taxa de desemprego, desaparecimento do sector produtivo, generalização da pobreza e degradação das condições de vida


Considerando que o fosso entre os concelhos do interior do Distrito do Porto e os do Grande Porto tem vindo a aumentar, fruto da falta de investimentos na região


Considerando que junto á A42 se localizam muitas pequenas e médias empresas cuja manutenção é preciso incentivar, o que não acontecerá atribuindo mais custos a um sector produtivo já de si insuficiente para as necessidades da região


Considerando que os argumentos apresentados para a introdução de portagens na A42 não tem qualquer aplicabilidade nos concelhos do Vale do Sousa e que as consequências imediatas serão a degradação das condições de vida das populações em diversos aspectos e a criação de factores negativos adicionais ao desenvolvimento económico da zona


Considero que a Assembleia Municipal de Paredes devia manifestar a sua oposição ao propósito do Governo de introduzir portagens na A42 e exprimir a sua solidariedade aos Concelhos vizinhos igualmente atingidos por tão insensata decisão”.

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