sexta-feira, 2 de abril de 2010

14 - Um Morais na lama

Em Fevereiro de 2004 o Jornal Novas do Vale do Sousa trazia a notícia de que o Ministro da Presidência Morais Sarmento em digressão por terras do Vale do Sousa, mais propriamente por Vandoma, proferira uma declaração em que diagnosticara Alzheimer ao PCP por (cito) “ter perdido a memória com a queda do muro de Berlim e só acordar quando ouve falar na palavra greve”. Viviamos o consulado PSD de Durão Barroso.
Perante tão ofensivas e inapropriadas palavras, tanto para o PCP como para os portadores de tão grave doença neurológica, a Comissão Concelhia de Paredes do PCP emitiu um comunicado de repúdio em 17 de fevereiro de 2004, intitulado QUEM TEM ALZHEIMER?, de que se transcreve o essencial:

«...as palavras do ministro revelam uma atitude preconceituosa, reveladora de uma profunda ignorância e má-criação...

...o que incomoda essa gente é saber que as greves são sinais evidentes que os trabalhadores desaprovam a política governativa, que nem todos são ignorantes.

...pergunta-se onde estão as armas de destruição maciça do Iraque, ...se está satisfeito com o desemprego crescente, as dificuldades no acesso à saúde, se gosta de ver as Estações do CTT a fechar...

Pergunta-se a quem aplaudiu o ministro Morais Sarmento, que tipo de doença sofre? Alzheimer ? Ou Mediocridade Intelectual?
Pergunta-se ainda ao ministro Morais Sarmento se a sua “doença” tem origem genética ou resulta do consumo de drogas ilícitas?...».

A brincadeira do senhor Ministro teve a resposta adequada. O mesmo Morais Sarmento que referia recentemente o “mau hálito político de Cavaco”, numa pérola linguística decorada de “mau-gosto”, saiu então enlameado. Ou não fosse ele familiar do Visconde... do Banho.

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